domingo, 30 de dezembro de 2007

Epifanias do Calçado...

Calçado, segundo um dicionário online que encontrei pelos meandros da internet, é uma peça de vestuário para cobrir exteriormente os pés. Segundo alguns estudos, os primeiros vestígios de sapatos datam de 8000 A.C., e através da “engenheira sapatistica” usando materiais tais como palha e madeira.

Enganam-se aqueles que não têm o calçado como uma das invenções mais importantes de todos os tempos. Imaginem o que era o mundo sem calçado…Todos os inconvenientes que podem advir de não ter o bom do sapato!

Por exemplo, as distâncias que fazemos a pé, iam demorar o dobro ou o triplo do tempo a serem efectuadas, e aumentando a poluição sonora, já que iríamos a gritar “Ai! Ui! Au!” caminho fora por todas as vezes que nos picássemos, aleijássemos nas nossas vias públicas limpas e cheias de bons acabamentos. Consequências deste facto seriam as recorrentes soluções de continuidade e infecções que faríamos, o que aumentaria o caos nas urgências e o aumento da prescrição e consumo de antibióticos, desinfectantes e anti-fúngicos tópicos, sem querer pensar em casos extremos de gangrena que iriam aumentar as listas de espera. E isso nunca! Aumentar listas de espera, onde é que já se viu isso? (Alguma ideia?)

Existem vários tipos de calçado, nem me atrevo a falar de todos, porque senão era capaz de não conseguir referir-me a todos antes das 1000 e poucas palavras de limite máximo, que decidi neste momento inventar, para ter uma razão plausível de não me referir a todos eles. Falo-vos daqueles que me lembro, e não de forma profissional nem pouco mais ou menos. Então vamos lá começar…

Como já devem ter reparado, logo no topo deste texto, o que me motivou hoje a escrever foi aquele anúncio da The Athlete's Foot que me chamou à atenção quando andava a procura de uns artigos no âmbito da enfermagem por bases de dados especializadas espalhadas pelos meandros da internet. O anúncio data de 1997, e tal como é perceptível na imagem, é de origem da terra do canguru, koala e dos aborígenes. “Por que tolera as dores dos pés!” (tradução livre) exalta o anúncio, introduzindo perante nós os verdadeiros amigos dos pés dos enfermeiros… Os SAPATOS da NIGHTINGALE! Não fosse ela considerada a mãe da enfermagem! Epá! Dizerem-me que “Ah e tal! Tens que fazer o juramento de Nightingale!” como acto simbólico pela arte e profissão de Enfermagem, é uma coisa! Agora tentarem-me aldrabar com esses sapatos, é que não! É que se ainda existissem em branco até pensava duas vezes, mas como só existe em azul-escuro e preto, recuso-me!

Mas será mesmo que é este estilo de calçado que o enfermeiro procura e precisa nos dias de hoje? Vou meter ao barulho, uma das últimas novidades do mercado do calçado, e que tem tido muita aceitação perante as comunidades de profissionais de saúde, os Crocs. Dizem que são extremamente leves, confortáveis, laváveis, e até existe um modelo dito “profissional”! O problema todo, começa quando começam os exageros, na personalização do dito calçado, ele é pin para a direita, o pin para a esquerda, tirando qualquer tipo de seriedade a quem os calça. Outro factor que me põe a pensar é o preço dos ditos Crocs, são um bocado caros para um bocado de borracha, por muito boa que seja! Na minha mera opinião, acho que sim, mas atenção aos exageros!

Estava aqui a pensar, em que outro tipo de calçado iria falar, ainda pensei em continuar a falar nos sapatos de salto alto utilizados pelas enfermeiras, quando são protagonistas daqueles filmes de cariz menos próprio! Mas cheguei à conclusão rápida que é melhor não me referir a tal calçado, pois sou capaz de aparecer morto numa valeta por um atentado que não vai ser reivindicado pela Al Qaeda, mas sim, pelas minhas queridas colegas!

Acho que é melhor amenizar as leitoras! SOL! PRAIA! FÉRIAS! Mistura ideal para utilizar umas Havaianas! Simbolizam o relaxe e o descompromisso total! Sinonimo de paz para o pé! (Safei-me? Espero que sim!)

E o bom do sapatinho de vela e do mocassim? Sou adepto do mocassim, mas por pura preguiça! São assim para o leves, moldáveis ao pé e não têm atacadores. Confortáveis, para aqueles dias, que se sabe, que não se vão andar quilómetros! Os sapatinhos de vela, por outro lado, não são muito o meu género de sapato, além de ter aquela conotação errónea com os “betinhos” (que acho um absurdo, os “betinhos” já não usam sapatos de vela), aqueles atacadores nunca me fascinaram, e nunca me interessei pelas mil e uma solas diferentes que existem para o mesmo sapato!

De uns tempos para cá, que tenho notado que um tipo de calçado feminino tem voltado a ribalta de outros tempos. Quero aqui deixar o meu alegre elogio às boas das sabrinas. Sinceramente não sei se são confortáveis ou não (como podem imaginar, nunca calcei umas sabrinas! Eheheh!). Mas diria que deixa o pezinho de qualquer menina muito mais feminino, tal com a sandália, que em contraste com os Ferrero Rocher regressão no verão e na primavera e deixam-nos no outono e no inverno! Épocas em que os nosso pés se tornam viciados em botas e ténis. Estes últimos, segundo um estudo da Papua Nova Guiné, são hoje em dia, no mundo o calçado mais utilizado, pelas suas características inequívocas: confortáveis e versáteis!

Seria um erro crasso, terminar este texto, sem falar de duas personagens que todos temos presentes, e que muito estão relacionadas com o calçado. Em primeiro lugar, e por ter um estatuto internacional, a Cinderela, a quem foi diagnosticada recentemente a doença de Alzheimer, uma vez que ela está sempre a esquecer-se do sapato, e depois põe sempre o paspalho do príncipe a dar-se ao trabalho de procurar o pé para o sapato perdido! (O Príncipe ou é burro ou tem um fetiche! O jovem acaba sempre por dar a volta à cidade, antes de chegar a conclusão que o sapato é da Cinderela!) E em segundo lugar, não menos importante, a nossa querida Bota Botilde, sempre uma referência para o calçado nacional.

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